CASOS E ACASOS (crônica)

Próximo à uma escada e à um colega de trabalho estava um eletricista, que horas parecia concentrar-se em seu serviço, horas parecia que nem se importava com o mesmo; importava-se apenas em tagarelar com o seu colega. Perto deles estava um garoto, que os observava às escondidas. Os rapazes continuam trabalhando sem nem perceberem que estavam sendo observados e que seu modo de trabalhar aguçava a curiosidade do jovem. Depois de algum tempo, eles decidem sair, largando as suas sacolas de serviço no mesmo local. O jovem desanima-se, mas ao observar o esquecimento dos rapazes, ele logo recupera seu ânimo.

Os dois trabalhadores cruzam o pátio e passam em frente à um rapaz que estava limpando um vidro qualquer; este pára de limpar o vidro a fim de observar rapidamente o comportamento dos dois eletricistas. Este limpador de vidros, embora não saiba, também está sendo observado por uma garota, que observa que este desconcentra-se ao ver os dois eletricistas passando pelo seu caminho.

Depois que esses dois eletricistas deixam o local, um funcionário do local, passa próximo a um limpador de vidros, varrendo o pátio. A sua maneira diferente e concentrada de varrer o lugar, chama a atenção de uma outra jovem, que por sua vez decide observar o comportamento desse ser tão raro. Ao fixar seu olhar nele, a menina nota que ele joga o lixo na grama e depois a limpa de uma maneira estranha, que não sei explicar direito. Mas a parte bióloga da garota tentava entender este fenômeno.

O mais interessante é que todos esses três jovens estavam ali pelo mesmo propósito: observar uma pessoa e escrever a seu respeito. Ao expor suas anotações em sala de aula, eles percebem que suas histórias se cruzavam, provando que existe casos e acasos.